1 de julho de 2020

O Estádio JK



Faltam 185 dias para o centenário

Lembrança: Há quarenta anos atrás em 01/07/1980 o Papa João Paulo II  visitava BH 

Nos seus dois primeiros anos de existência o Palestra Itália não possuía um estádio próprio para treinar e mandar seus jogos, utilizava o estádio do Prado Mineiro.

O Palestra foi o único clube da capital que não solicitou ajuda às autoridades do município e do Estado para aquisição de terreno para a construção do seu estádio, ao contrário do Sete de Setembro, América e dilurdes que foram agraciados pelo poder público.

Em 1922, o clube adquiriu um terreno da prefeitura , onde hoje é o Parque Esportivo do Barro Preto por 50.000 Réis, o preço foi considerado alto para a época e ainda teve que indenizar o ocupante do local, que lá cultivava uma horta por 12.000 réis para poder ter a posse definitiva do espaço.
O Terreno foi comprado e o estádio construído com doações de vários imigrantes e coube a firma de Pedro Bizzoto a concretização da obra, que teve custo final de 28.000 réis. O Presidente responsável por essa empreitada foi Alberto Noce.

cruzeiromg.wordpress.com - Reinauguração Estádio JK
Cruzeiro 1 x 1 Botafogo Foto: 01/07/1945
No dia 23 de setembro de 1923 era inaugurado o nosso estádio, com a torcida lotando as arquibancadas de madeira para ver o Palestra empatar com o Flamengo pelo placar de 3 a 3.
Coube a João Fantoni mais conhecido como Ninão marcar o primeiro gol  do novo estádio, ele ainda fez mais um e Heitor fechou a contagem para nós, já os gols flamenguistas, foram marcados por Benevenutto, Agenor e Mário.
O público presente naquele dia foi de 4.000 pessoas, partida apitada por Henrique Vignal RJ.
Palestra: Cicarelli, Ciccio, Gasparini, Cicarelinho e Severino; Quiquino e Piorra; Nani, Heitor, Ninão e Armandinho.
Flamengo: Amado, Pennaforte, Almeida Neto, Durval e Seabra; Dino e Mário; Barbosa Lima, Orestes, Benevenutto e Agenor.
O Palestra foi se consolidando e ainda naquela década ganharia os campeonatos de 1926, 1928, 1929 e 1930.

Os anos foram passando e a direção do clube via a necessidade de se fazer um novo estádio. 
Sob o comando do presidente Mário Grosso, em quatro meses, associados (incluindo Luizinho Clemente) , diretores, jogadores e muitos cruzeirenses anônimos, levaram abaixo o velho estadinho e construíram um estádio moderno para a época, capacidade de 15.000 pessoas, onze andares de arquibancadas, com arquibancada social coberta e gerais, tribuna de honra, tribuna de imprensa, túneis para a saída dos jogadores que não teriam mais a interferência da torcida. O gramado era o melhor de Belo Horizonte.

Os jogadores também deram a sua contribuição, com destaque para Bibi e Caieirinha que trabalharam como marceneiros, Geraldo II nosso goleiro levantava paredes e Hemetério cuidava do gramado.
A inauguração foi no dia 01/07/45 contra o Botafogo do craque Heleno de Freitas.
O estádio levou o nome de Juscelnio Kubistscheck, torcedor cruzeirense e prefeito de Belo Horizonte naquela época e coube a ele abrir a solenidade com um discurso histórico   e a Mário Grosso um dos presidentes mais importantes da nossa história o discurso final.
Em outro texto reproduzirei na íntegra esses dois discursos.

Com a bola rolando coube a família Fantoni repetir o protagonismo de 1923,  Leonídio Fantoni, o  Niginho, marcou o primeiro gol do novo estádio. 

Cruzeiro o time do povo!

Cruzeiro Sempre!

Recordar é viver, há 75 anos atrás em 01/07/45 inauguração do Estádio JK
Cruzeiro 1 x 1 Botafogo - Público de 15.000 pagantes 
 Árbitro Carlos Potengy - RJ
Cruzeiro: Geraldo II(Sinval), Azevedo, Bituca, Bibi e Juca; Juvenal e Nogueirinha(Gabriche); Selado, Niginho, Ismael e Braguinha(Alcides). Técnico: Chico Trindade
Botafogo: Oswaldo, Gerson(Lusitano); Sarno(Laranjeira), Ivan e Spinelli; Negrinhão e Lula; Tovar. René, Heleno de Freitas, Tim(Otávio) e Bené. Técnico: Bengala
Gols:  Niginho 20’ 1º T - Cruzeiro e Heleno de Freitas 41’ 2º T - Botafogo   

Fonte: De Palestra a Cruzeiro  Uma trajetória de Glórias - Plínio Barreto e Luiz Otávio Trópia Barreto; O Palestra e os Palestrinos - Sérgio Santos Rodrigues; Almanaque do Cruzeiro - Henrique Ribeiro

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