Faltam 158 dias para o Centenário
Levando em conta o placar do primeiro jogo 4 a 1 e o futebol
apresentado, acreditava na minha inocência de torcedor com menos de 11 anos de
idade, que a segunda partida contra o River Plate seria apenas para confirmar o
título da Libertadores da América, uma vez que jogávamos pelo empate.
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Porém, o que aconteceu foi bem diferente, eu assisti ao jogo
com meu avô e o que vimos foi um juiz tendencioso, um uruguaio de nome José Martínez Bazán, que com a sua péssima atuação,
impediu que fossemos campeões invictos da Libertadores.
Durante toda a partida permitiu aos argentinos literalmente
apitarem o jogo, deixando a violência dos jogadores do River prevalecer e os
critérios de arbitragem não eram os mesmos, sem contar a pressão vinda das
arquibancadas com mais de 90.000 torcedores dos “milionários”.
O River Plate tinha o desfalque do goleiro Fillol, que se contundiu
no jogo de Belo Horizonte e contava com as voltas de Passarela na zaga e Norberto
Alonso na meia direita, seu maior nome, quanto ao nosso Cruzeiro repetimos o
time que iniciou o jogo anterior.
O jogo foi mordido, brigado, o River partiu para cima desde o
primeiro minuto e aos 9 min do 1º T abriu o placar, gol de falta de J.J. López.
Sofremos uma pressão enorme, nosso meio de campo errava muitos
passes, nosso ataque estava bem marcado, mas mesmo assim seguramos a “onda” e
fechamos o primeiro tempo com o um a zero contra.
Mudamos de postura no segundo tempo e logo aos 2
minutos Palhinha marcou nosso gol de empate, que nos daria o título. O time era
outro e dominávamos o jogo, em um lance entre Jairzinho e Perfumo que se envolveram em uma discussão, o juiz
expulsou os dois .
Mesmo com dez jogadores continuávamos bem na partida, mas aos 30 minutos do segundo tempo, Raul
deu rebote em chute de Luque, a bola ganhou altura e quando Vanderlei tentou tirá-la, foi empurrado por Luque, permitindo a Pedro Gonzalez marcar o segundo gol do River, um descaramento total da arbitragem pró-River.
Como naquele tempo o saldo de gols não era levado em conta,
os argentinos deram-se por satisfeitos e ainda terminaram com mais um jogador expulso,
J.J. López.
Teríamos a terceira partida em Santiago do Chile!
Cruzeiro Sempre!
Recordar é Viver
Há 44 anos atrás, no
dia 28/07/76 - Segunda Partida da final da Copa Libertadores das Américas - Estádio
Monumental de Nuñes - Buenos Aires
Público 90. 000
Presentes
River Plate 2 x 1
Cruzeiro
Arbitragem: José Martínez
Bazán URU, César Orozco PER e Alberto Martínez CHI
River Plate: Landaburu,
Comelles, Perfumo, Passarela e Hector Lopez(Lonardi); J.J. López; Merlo e Norberto
Alonso; González, Luque e Oscar Más(Alejandro Sabella). Técnico: Ângel Labruna.
Cruzeiro: Raul,
Nelinho, Morais, Darci e Vanderlei; Piazza, Eduardo (Ronaldo) e Zé Carlos;
Jairzinho, Palhinha e Joãozinho. Técnico: Zezé Moreira
Cartões Vermelhos: River
Plate - Perfumo e J.J. López; Cruzeiro - Jairzinho
Gols: River Plate: J.J.
López 9’ 1º T e Pedro González 30’ 2º T
Cruzeiro: Palhinha 2’ 2º T
Fonte: Livro: Rei de
Copas - Alexandre Simões;
Almanaque do
Cruzeiro - Alexandre Ribeiro e cruzeiropedia.org
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