28 de julho de 2020

A América do Sul é Azul - Parte 2



Faltam 158 dias para o Centenário




Levando em conta o placar do primeiro jogo 4 a 1 e o futebol apresentado, acreditava na minha inocência de torcedor com menos de 11 anos de idade, que a segunda partida contra o River Plate seria apenas para confirmar o título da Libertadores da América, uma vez que jogávamos pelo empate.
conmebol.com/pt-br

Porém, o que aconteceu foi bem diferente, eu assisti ao jogo com meu avô e o que vimos foi um juiz tendencioso, um uruguaio de nome José  Martínez Bazán, que com a sua péssima atuação, impediu que fossemos campeões invictos da Libertadores.

Durante toda a partida permitiu aos argentinos literalmente apitarem o jogo, deixando a violência dos jogadores do River prevalecer e os critérios de arbitragem não eram os mesmos, sem contar a pressão vinda das arquibancadas com mais de 90.000 torcedores dos “milionários”.

O River Plate tinha o desfalque do goleiro Fillol, que se contundiu no jogo de Belo Horizonte e contava com as voltas de Passarela na zaga e Norberto Alonso na meia direita, seu maior nome, quanto ao nosso Cruzeiro repetimos o time que iniciou o jogo anterior.

O jogo foi mordido, brigado, o River partiu para cima desde o primeiro minuto e aos 9 min do 1º T abriu o placar, gol de falta de J.J. López.
Sofremos uma pressão enorme, nosso meio de campo errava muitos passes, nosso ataque estava bem marcado, mas mesmo assim seguramos a “onda” e fechamos o primeiro tempo com o um a zero contra.

Mudamos de postura no segundo tempo e logo aos 2 minutos Palhinha marcou nosso gol de empate, que nos daria o título. O time era outro e dominávamos o jogo,  em um lance entre Jairzinho e Perfumo  que se envolveram em uma discussão, o juiz expulsou os dois .

Mesmo com dez jogadores continuávamos bem na partida, mas aos 30 minutos do segundo tempo, Raul deu rebote em chute de Luque, a bola ganhou altura e quando Vanderlei tentou tirá-la, foi empurrado por Luque, permitindo a Pedro Gonzalez marcar o segundo gol do River, um descaramento total da arbitragem pró-River.

Como naquele tempo o saldo de gols não era levado em conta, os argentinos deram-se por satisfeitos e ainda terminaram com mais um jogador expulso, J.J. López.  
Teríamos a terceira partida em Santiago do Chile!

Cruzeiro Sempre!

Recordar é Viver
Há 44 anos atrás, no dia 28/07/76 - Segunda Partida da final da Copa Libertadores das Américas - Estádio Monumental de Nuñes - Buenos Aires
Público 90. 000 Presentes 
River Plate 2 x 1 Cruzeiro
Arbitragem: José Martínez Bazán URU, César Orozco PER e Alberto Martínez CHI     
River Plate: Landaburu, Comelles, Perfumo, Passarela e Hector Lopez(Lonardi); J.J. López; Merlo e Norberto Alonso; González, Luque e Oscar Más(Alejandro Sabella). Técnico: Ângel Labruna.
Cruzeiro: Raul, Nelinho, Morais, Darci e Vanderlei; Piazza, Eduardo (Ronaldo) e Zé Carlos; Jairzinho, Palhinha e Joãozinho. Técnico: Zezé Moreira
Cartões Vermelhos: River Plate - Perfumo e J.J. López; Cruzeiro - Jairzinho
Gols: River Plate: J.J. López 9’ 1º T e Pedro González 30’ 2º T
          Cruzeiro: Palhinha 2’ 2º T

Fonte: Livro: Rei de Copas - Alexandre Simões;
Almanaque do Cruzeiro - Alexandre Ribeiro e cruzeiropedia.org


Nenhum comentário:

Postar um comentário