Faltam 144 dias para o Centenário
Para a turma
da pelada com carinho 11/08/83
Todo sábado tinha futebol, essa foi uma rotina que apenas com a turma que estou homenageando hoje durou por quase quatorze anos.
A grande maioria dos integrantes desses encontros eram moradores das ruas Jacuí, Itaúna, Machado e Pitangui na confluência dos bairros Floresta, Colégio Batista e Bairro da Graça.
Eu fui um dos idealizadores dessa “ pelada”, mas nos primeiros anos de existência coube ao meu compadre Ricardo Fernando Salgueiro Xavier mais conhecido como Múmia, um papel importante para a integração das pessoas.
Esse grande parceiro,
nos deixou em outubro de 2016 prestes a completar 55 anos de vida, um infarto
fulminante o fez partir para outras missões.
Nossa pelada começou em 1983 no Colégio Santa Maria localizado à Rua Jacuí, a quadra era descoberta e nos períodos de chuva não podíamos correr atrás da bola e todo mundo ficava chateado, pois a turma era composta por boleiros e fominhas.
Assim
no ano seguinte passamos a jogar no Ginásio São Vicente, localizado à Rua São
Manoel, com três quadras cobertas e que davam a certeza de ter a pelada, mesmo
nos dias de chuva.
Por lá ficamos até o
ano de 1988, quando uma briga entre dois participantes Osvaldo e Wellington
mais conhecido como Vidão, fez nossos encontros de sábado serem paralisados,
contudo, como disse anteriormente, a maioria da turma era formada por vizinhos
de rua e retornamos à rotina em 1989 na melhor quadra da região, o Ginásio da Floresta,
localizado à Rua Teixeira Magalhães, onde
permanecemos até o ano de 1997, quando nossa pelada deixou de existir. A
estrutura era muito boa, o ginásio existe até hoje com arquibancadas dos lados
da quadra, vestiários amplos, quadra de boa qualidade e bem iluminada.
No Ginásio da Floresta
tive o prazer de ver um dos maiores jogadores de futebol de salão do Brasil,
Jackson, além de ter visto também, Faissal, Paulinho Bonfim, Walmir, era uma geração de ouro e todos jogadores de
Belo Horizonte.
Os dias de sábado eram
esperados por mim e pelos demais integrantes da pelada com ansiedade, eu abria
mão de qualquer compromisso para poder correr atrás da bola e depois poder
tomar aquela cerveja gelada e resenhar com os amigos e colegas.
Em outros textos contarei mais histórias dessa época, que ainda me fazem sonhar e me emocionar.
O tempo é como o curso
de um rio, que sempre segue em frente, e conosco não foi diferente, com o
passar dos anos a vida nos foi impondo outros caminhos e pouco a pouco fomos
perdendo o contato.
Daquele grupo numeroso
tenho contato diário com Humberto meu irmão, que quando começou a dividir as
bolas com gente, tinha apenas 14 anos de idade e era chamado de Betinho.
Osvaldo grande amigo, perdi
contato em 1998 e não o encontrei mais,
torço que esteja vivo e com saúde.
Sirlei o goleiro voador outro amigo, nos
deixou no dia 30/04/18 aos 85 anos, detalhe jogou futebol até aos 62 anos.
Gel outro goleiro e
amigo mora em Carmo da Mata, não nos falamos há um bom tempo.
Paulinho Tonel,
encontrei no dia da eleição em 2018, sua mãe é vizinha da minha mãe e sempre
tenho notícias dele.
Júlio Borboleta, sempre tenho notícias dele pelo Eduardo.
Eduardo nosso melhor goleiro
de todos os tempos, um irmão que a vida me deu de presente, tenho contato com
ele até hoje.
Os irmãos Nicoliello:
Walter, conhecido com Veínho, Wilson conhecido como Bill, jogava duas horas de
futebol e não suava a camisa e Wellington, conhecido com Vidão, nosso melhor
jogador, faltou pouco para ser profissional, também não tenho visto esses três
irmãos.
Citei aqui a espinha
dorsal da pelada, mas foram vários outros colegas que participaram dos nossos
encontros.
Ainda tenho comigo o
caderno de anotações com as datas das peladas e o registro do pagamento de cada
um dos participantes, também não tive coragem de me desfazer dos calções,
camisas, meiões e coletes, são meus troféus.
Cruzeiro Sempre!
Recordar é viver, há 37 anos atrás no dia 11/08/1983 em um sábado
ensolarado nos reunimos pela primeira vez para realizar a nossa pelada!
Bons, simples e divertidos tempos! Eram só a bola, a gritaria e muita alegria.
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