Faltam 102 dias para o Centenário
Ontem dia 21/09 através do Instagram nosso ídolo maior Fábio, publicou uma nota que reproduzo na íntegra:
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“ O que dizer?
Cobranças sempre existiram na minha vida, respeito, leio,
escuto, me cobro, fico pensativo que por mais que faça nunca será suficiente,
mas não desisto. Não meçam ou julguem a
dor que sinto em ver o Cruzeiro como está, a minha vida nesses últimos 16 anos
esteve entrelaçada ao Cruzeiro, então saibam que sinto sim a dor de um
torcedor, me esforço e treino todos os dias com muita vontade e dedicação, não
tem um dia que não dou o máximo nos treinos, sempre falei que irei até o fim
para ver o Cruzeiro no lugar que nunca deveria ter saído.
Não vou expor o que faço internamente, não pensem que não há
cobranças, não pensem que não há esforços, não pensem que não sofremos pelo
momento, tem coisas que falo, mais tem outras que não precisam ser expostas,
vivo bastidores há 23 anos e tenho maturidade do que falar ou não!!!
Peço a Deus por esse Clube, faz parte da minha vida, estou
triste em ver o Cruzeiro nessa posição, luto e busco uma direção para sairmos
dessa situação todos os dias, tenho amor e gratidão enorme pelo Cruzeiro e
ninguém vai tirar esse sentimento.
Entendam, não expor os bastidores, não quer dizer que não está
havendo cobrança, vontade, garra e vergonha na cara.
Vou sempre lutar pelo Cruzeiro.”
Tenho plenas convicções que Fábio falou com o coração, vejo
sinceridade em suas palavras, contudo, gostaria que toda essa indignação se
refletisse dentro de campo.
Sou amante do futebol raiz e ouvi do meu avô as histórias da
Copa do Mundo de 1950, o Uruguai jogou a
primeira fase em Belo Horizonte, quando goleou a Bolívia por 8 a 0, o capitão da
seleção uruguaia era Obdulio Varela, também conhecido com El Negro Jefe, ele tinha liderança nata, todos do grupo o respeitavam,
a torcida conseguia ouvir os gritos que ele dava em campo, era notória toda a
energia que impunha ao seu futebol e contagiava seus companheiros.
Na decisão contra o Brasil, Obdulio comandou a vitória do
Uruguai por 2 a 1 e ao final da partida, conta a lenda que, para extravasar sua alegria de ser Campeão do
Mundo, arrancava a grama do Maracanã com a boca.
Que Fábio contamine o grupo de jogadores com seu desabafo e
que venha refletir dentro de campo, precisamos vencer os jogos!
Acorda Cruzeiro!
Cruzeiro Sempre!
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