Faltam 197 dias para o Centenário
Todos os textos contando as histórias das conquistas do Cruzeiro me deixam muito emocionado e realizado, principalmente porque a exceção da conquista do primeiro campeonato brasileiro, quando eu tinha apenas 1 ano e 3 meses de vida, todas as demais eu tive a felicidade de acompanhar.
Mas a de hoje é uma das mais especiais na minha opinião.
“ A mais bonita das noites. ” - Aos meus amigos Sulivan, Magal e Quintino.
Chegou o dia da grande final, 19 de junho de 1996.
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O jogo envolvido em polêmica.
Após a foto dos jogadores do Cruzeiro (publicada nesse blog no dia 14/06) jantando um leitão a pururuca ter chegado ao conhecimento dos jogadores do Palmeiras, o clima esquentou. O atacante Luizão, ao término do primeiro jogo, declarou que queria ver o Cruzeiro comer porco era em São Paulo. O técnico Vanderlei Luxemburgo usou a reportagem do Jornal Estado de Minas estampando a provocadora foto para motivar seus jogadores e liquidarem o jogo de volta a favor do
“ Alviverde de Parque Antárctica”.
Após a foto dos jogadores do Cruzeiro (publicada nesse blog no dia 14/06) jantando um leitão a pururuca ter chegado ao conhecimento dos jogadores do Palmeiras, o clima esquentou. O atacante Luizão, ao término do primeiro jogo, declarou que queria ver o Cruzeiro comer porco era em São Paulo. O técnico Vanderlei Luxemburgo usou a reportagem do Jornal Estado de Minas estampando a provocadora foto para motivar seus jogadores e liquidarem o jogo de volta a favor do
“ Alviverde de Parque Antárctica”.
Próximo a minha casa havia um boteco, o Bar do Tico, que na verdade chama-se Quintino, torcedor do dilurdes, um grande amigo. Esse boteco era frequentado por muitos da vizinhança, inclusive por mim e lá também batiam ponto outros dois amigos cruzeirenses Sulivan e Magal. Combinamos que iríamos assistir ao jogo juntos na casa do Magal e assim o fizemos.
Cerveja gelada, carne queimando, Quintino falando mais que papagaio de pirata e nos enchendo a paciência.
Começa o jogo, Palmeiras partiu para cima e logo aos cinco minutos do 1º tempo, Luizão marca um a zero para o Palmeiras, confesso que fiquei preocupado, pois tecnicamente o time deles era superior e um gol saindo muito cedo, poderia nos desestabilizar.
Além disso tinha o fator Quintino, que a partir do gol palmeirense não nos deu mais sossego. Ele só não levou uma “porrada” porque era nosso amigo, mas confesso que nós três pensamos em colocar esse plano em ação.
Voltando ao jogo, nós continuávamos jogando bem e aos vinte cinco minutos ainda no 1º Tempo, após uma furada sensacional do volante palmeirense Amaral, Roberto Gaúcho chutou sem ângulo junto ao pé da treva esquerda do goleiro Veloso, o mão de quiabo, que aceitou o GOOOOOLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL de empate. Vibração total e nosso amigo Quintino continuando a nos importunar.
Nesse momento na pior das hipóteses, mantendo o placar, iríamos para a disputa de pênaltis.
Terminou o primeiro tempo, e na volta para o segundo tempo, o que vimos foi um bombardeio Palmeirense, nosso gol estava benzido.
Dida fez uma das melhores partidas da história dele no Cruzeiro, a trave estava lá para a bola bater nela e quando não apareciam um desses dois elementos, sempre tinha a perna salvadora de um dos nossos.
O tempo passava, a pressão do Palmeiras aumentava e nosso querido Quintino já em estado de pré-embriaguez triplicara a azaração em cima de mim, Sulivan e Magal.
Trinta e seis minutos do 2º Tempo, Roberto Gaúcho escapa pela esquerda, faz um cruzamento para a área, em cima de Veloso, o mão de quiabo, que atendendo ao pedido dos Deuses do Futebol, solta a bola nos pés de Marcelo Ramos que bate para o fundo do GOOOOOLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL, 2 a 1.
Agora para perdermos o caneco, só o Palmeiras virando o jogo. Parque Antárctica em silêncio fúnebre, festa da China Azul.
Nesse momento após gritar e abraçar meus amigos cruzeirenses, dei a ordem para segurar o Quintino, o resto era comigo.
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Meus amigos de pronto atenderam ao meu pedido, e dei um banho de cerveja no nosso amigo torcedor do dilurdes, pena que naquele tempo não existia o Smartphone para registar tudo e enviar por todas as redes sociais disponíveis.
Foi só esperar o apito final do juiz e comemorarmos até as 3 h da manhã e nos dias seguintes a uma das mais lindas páginas heroicas imortais da nossa história.
Recordar é Viver
Há 24 anos atrás em 19/06/1996: Palmeiras 1 x 2 Cruzeiro
Segunda Partida: Final Copa do Brasil de 1996 - Parque Antárctica
Público: 29.636
Arbitragem: Sidrack Marinho SE, Teodoro Vieira RJ e Milton Otaviano RN.
Palmeiras: Veloso, Cafu, Sandro, Cléber e Júnior; Cláudio(Reinaldo), Amaral e Marquinhos(Cris); Djalminha, Rivaldo e Luizão. Técnico: Vanderlei Luxemburgo
Cruzeiro: Dida, Vitor, Célio Lúcio. Gelson e Nonato; Fabinho, Ricardinho e Cleison, Palhinha(Edmundo), Marcelo Ramos e Roberto Gaúcho. Técnico: Levir Culpi
Gols: Luizão 5’ 1º T Palmeiras
Roberto Gaúcho 25’ 1ºT e Marcelo Ramos 36’ 2º T Cruzeiro
Fonte: Almanaque do Cruzeiro - Henrique Ribeiro
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