Faltam 205 dias para o centenário
No primeiro texto
publicado neste blog no dia 28/04/20, 1925, escrevi que a minha jornada teve início
no Porto de Nápoles em 1897, com a “galera” capitaneada por Domênico Chimenti e
sua prole, mas para não cometer injustiças, o texto necessita ser complementado.
Outros pediram passagem
para serem citados, peço desculpas pelo lapso.
Através de pesquisas
e conversas que tive com minha mãe e baseado nas minhas lembranças junto a
outros queridos parentes que não se encontram mais conosco, construí essa “árvore
genealógica”.
Os primeiros a
desembarcarem em terras brasileiras foram os “Sardelli,” que por razões que não
consigo comprovar, passaram a assinar “Sasdelli". Consta nos registros do Arquivo
Público Mineiro, que deram entrada na Hospedaria Horta Barbosa em 03/05/1896, saíram
do Porto de Gênova com destino do Rio de Janeiro, a bordo do Navio Rosário. A família
era composta pelo casal Pietro e Carolina Sardelli e seus filhos Orfeo, Adolfo, Armando,
Bianca e Delfina.
A outra turma partiu
do mesmo Porto de Gênova, só que no ano seguinte, a bordo
do Navio Colombo, tendo o Rio de Janeiro como destino. Deram entrada na
Hospedaria Horta Barbosa em 24/05/1897. A família era composta por Enrico e
Maria Ferretti e os filhos, Sofia, Olímpia, Rafaelle e Amato.
Tenho uma lição de
casa a fazer e espero ter êxito, que será buscar as informações dos Chimenti,
Del Rio, Ferreti e Sardelli em terras
italianas.
Mas até agora, quem
estiver lendo vai se perguntar e o título desse texto, Casa de Vó?
Irene casou-se com Luizinho
e fui abençoado de tê-los como avós e meus padrinhos de batismo.
Minha avó Irene era
uma pessoa muito bondosa, austera, excelente administradora financeira, trazia
todos os gastos anotados em uma caderneta.
Todos a respeitavam muito, inclusive meu avô!
Todos a respeitavam muito, inclusive meu avô!
Vivia a maior parte do
meu tempo na casa deles e lá era um lugar especial por diversas motivos, o principal deles por eu ser criança e depois pelas peculiaridades
que nos cercavam.
Lá os bichos tinham nomes próprios, a galinha se chamava Luciana, o galo Fontana, o gato Rito, o cachorro Leng. Rito e Leng chegaram filhotes e cresceram juntos e entre eles a convivência sempre foi pacífica.
Lá os bichos tinham nomes próprios, a galinha se chamava Luciana, o galo Fontana, o gato Rito, o cachorro Leng. Rito e Leng chegaram filhotes e cresceram juntos e entre eles a convivência sempre foi pacífica.
Luizinho meu avô,
tinha a oficina de automóveis, ele era especialista em carburadores, tinha uma clientela
seleta e eu ficava encantado com os “carrões” que iam lá para serem
consertados, tinha Pontiac, tinha Studebaker, tinha Chevrolet 48 dentre outros e eu sabia de cor o nome de várias partes dos componentes dos motores.
Todos os domingos almoçávamos
macarronada, no sábado à noite era a vez da carne de panela, no armário da
cozinha sempre tinha uma marmita esmaltada cheia de torresmos.
Lá sempre ouvíamos músicas
italianas, jovem guarda, a casa tinha muito movimento, muita vida, no Natal
sempre havia o almoço em família.
Minha avó Irene não
se expressava muito sobre o futebol, mas seu time do coração sempre foi o Palestra/Cruzeiro.
Hoje é o dia do seu
aniversário de nascimento 11/06/1914.
No dia 29/11/1991 foi
chamada para missões mais nobres.
A Dona Irene
Sasdelli Clemente minha gratidão e saudades!
Cruzeiro Sempre!
Fonte: Arquivo Público Mineiro
Fonte: Arquivo Público Mineiro
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