12 de maio de 2020

Roberto Batata - Parte 1






Homenagem ao grande jogador! 

Roberto Monteiro, o Roberto Batata, nasceu em Belo Horizonte no dia 24 de julho de 1949.
Chegou ao juvenil do Cruzeiro em 1968 e de acordo com o site VAVEL, o apelido “Batata” foi dado pelo técnico das categorias de base do Cruzeiro João Crispim, existe também uma outra hipótese que seria pelo fato dele ter preferências por batatas fritas.

Quando comecei a ter meus primeiros contatos com as narrações esportivas pelo rádio em 1972, era Roberto Batata o nosso ponta direita.
Entre 1971 e 1976 atuou 286 vezes com nosso manto sagrado, marcando 125 gols, foi tetracampeão mineiro 1972/73/74/75 e Campeão da Libertadores em 1976.
Das muitas lembranças que tenho de Roberto Batata, uma pitoresca, foi pelo campeonato minério de 1972, num jogo da Caldense X Cruzeiro no estádio Cristiano Osório em Poços de Caldas.

A Caldense além de se fazer valer do alçapão que representava seu estádio, possuía um time muito bom, com o Goleiro Tonho, o zagueirão Buzuca, Airton Lira um grande meia esquerda, que depois brilhou no Santos no título do Campeonato Paulista de 1978 e a figura folclórica do técnico Juquita,  que tinha fama de macumbeiro e usava dos seus poderes e ligações com o sobrenatural para auxiliá-lo contra os adversários da Caldense.

No dia 16/07/72 um domingo, com o Cristiano Osório entupido de gente (4.186 Pagantes), num jogo extremamente disputado, ganhamos por um a zero, gol de Roberto Batata.
Meu avô Luizinho, era assinante do Jornal Estado de Minas e eu já aprendendo a ler as primeiras sílabas, acompanhava sempre no dia seguinte aos jogos, as reportagens no caderno de esporte e às segundas-feiras como  não havia edição do Estado de Minas, líamos no Diário da Tarde a famosa  coluna “Bitoque”, assinada por Augusto Rocha e Radick ,que comentava de uma forma “ debochada” e bem humorada a análise dos jogos da rodada anterior através de piadas e caricaturas.

No dia 17/07/72 a manchete do Bitoque era: 
Cruzeiro põe batata na farofa de Juquita!

Outro fato ligado a Roberto Batata foi na Libertadores de 1976.
Vínhamos fazendo uma campanha muito boa, classificamos para a 2ª fase após partidas memoráveis contra o Internacional -RS, Olímpia e Sportivo Luqueño do Paraguai (em breve irei fazer postagens sobre o título continental de 1976), nessa fase caímos num grupo com a LDU do Equador e  o Alianza Lima do Peru.
No dia 12/05/76 enfrentamos o Alianza Lima como visitantes e vencemos por 4 a 0, sendo o primeiro gol marcado por Roberto Batata aos 11’ do 2º tempo.
A delegação do Cruzeiro retornou ao Brasil no dia 13/05/76, e todos os jogadores foram dispensados para folgar.

Roberto Batata aproveitou a folga e viajou para a cidade de Três Corações-MG, iria encontrar com sua esposa e filho. Na Rodovia Fernão Dias, na altura da cidade de Santo Antonio do Amparo, em função do cansaço do jogo e da viagem, cochilou ao volante, invadiu a contramão da pista (naquele tempo a pista era simples) e se chocou com um caminhão que vinha no sentido oposto, vindo a falecer.

Cruzeiro Sempre!

Recordar é viver!  


Há 44 anos atrás em 12/05/76: Alianza Lima 0 x 4 Cruzeiro - Copa Libertadores
Local: Estádio El Matute - Lima Peru  - Público Pagante 40.000
Arbitragem: Ramon Barreto (URU), Miguel Comesaña (ARG) e Alberto Martinez (CHI)
Alianza: Canozza, Palacios, Castillo e Ramirez; Velásquez, Cueto e Ojeda, Suárez, Lobatón e Ravello (Gomez). Técnico: Marcos Calderon
Cruzeiro: Raul, Nelinho, Moraes, Ozires (Isidoro) e Vanderlei; Piazza, Eduardo e Roberto Batata (Darci); Jairzinho, Palhinha e Joãozinho. Técnico: Zezé Moreira  
Gols: Roberto Batata 20’ Joãozinho 26’ e 33’ e Jairzinho 2º T- Cruzeiro         
CV: Vanderlei (CRU) e Velásquez

Fonte: Almanaque do Cruzeiro - Henrique Ribeiro - www.vavel.com.br/futebol


  




Nenhum comentário:

Postar um comentário