Roberto
Monteiro, o Roberto Batata, nasceu em Belo Horizonte no dia 24 de julho de
1949.
Chegou
ao juvenil do Cruzeiro em 1968 e de acordo com o site VAVEL, o apelido “Batata”
foi dado pelo técnico das categorias de base do Cruzeiro João Crispim, existe
também uma outra hipótese que seria pelo fato dele ter preferências por batatas
fritas.
Quando
comecei a ter meus primeiros contatos com as narrações esportivas pelo rádio em
1972, era Roberto Batata o nosso ponta direita.
Entre
1971 e 1976 atuou 286 vezes com nosso manto sagrado, marcando 125 gols, foi
tetracampeão mineiro 1972/73/74/75 e Campeão da Libertadores em 1976.
Das
muitas lembranças que tenho de Roberto Batata, uma pitoresca, foi pelo
campeonato minério de 1972, num jogo da Caldense X Cruzeiro no estádio
Cristiano Osório em Poços de Caldas.
A
Caldense além de se fazer valer do alçapão que representava seu estádio,
possuía um time muito bom, com o Goleiro Tonho, o zagueirão Buzuca, Airton Lira
um grande meia esquerda, que depois brilhou no Santos no título do Campeonato
Paulista de 1978 e a figura folclórica do técnico Juquita, que tinha fama
de macumbeiro e usava dos seus poderes e ligações com o sobrenatural para
auxiliá-lo contra os adversários da Caldense.
No
dia 16/07/72 um domingo, com o Cristiano Osório entupido de gente (4.186
Pagantes), num jogo extremamente disputado, ganhamos por um a zero, gol de
Roberto Batata.
Meu
avô Luizinho, era assinante do Jornal Estado de Minas e eu já aprendendo a ler
as primeiras sílabas, acompanhava sempre no dia seguinte aos jogos, as
reportagens no caderno de esporte e às segundas-feiras como não havia
edição do Estado de Minas, líamos no Diário da Tarde a famosa coluna
“Bitoque”, assinada por Augusto Rocha e Radick ,que comentava de uma forma “
debochada” e bem humorada a análise dos jogos da rodada anterior através de
piadas e caricaturas.
No
dia 17/07/72 a manchete do Bitoque era:
Cruzeiro
põe batata na farofa de Juquita!
Outro
fato ligado a Roberto Batata foi na Libertadores de 1976.
Vínhamos
fazendo uma campanha muito boa, classificamos para a 2ª fase após partidas
memoráveis contra o Internacional -RS, Olímpia e Sportivo Luqueño do Paraguai
(em breve irei fazer postagens sobre o título continental de 1976), nessa fase
caímos num grupo com a LDU do Equador e o Alianza Lima do Peru.
No
dia 12/05/76 enfrentamos o Alianza Lima como visitantes e vencemos por 4 a 0,
sendo o primeiro gol marcado por Roberto Batata aos 11’ do 2º tempo.
A
delegação do Cruzeiro retornou ao Brasil no dia 13/05/76, e todos os jogadores
foram dispensados para folgar.
Roberto
Batata aproveitou a folga e viajou para a cidade de Três Corações-MG, iria
encontrar com sua esposa e filho. Na Rodovia Fernão Dias, na altura da cidade
de Santo Antonio do Amparo, em função do cansaço do jogo e da viagem, cochilou
ao volante, invadiu a contramão da pista (naquele tempo a pista era simples) e
se chocou com um caminhão que vinha no sentido oposto, vindo a falecer.
Cruzeiro
Sempre!
Há
44 anos atrás em 12/05/76: Alianza Lima 0 x 4 Cruzeiro - Copa Libertadores
Local:
Estádio El Matute - Lima Peru - Público Pagante 40.000
Arbitragem:
Ramon Barreto (URU), Miguel Comesaña (ARG) e Alberto Martinez (CHI)
Alianza:
Canozza, Palacios, Castillo e Ramirez; Velásquez, Cueto e Ojeda, Suárez,
Lobatón e Ravello (Gomez). Técnico: Marcos Calderon
Cruzeiro:
Raul, Nelinho, Moraes, Ozires (Isidoro) e Vanderlei; Piazza, Eduardo e Roberto
Batata (Darci); Jairzinho, Palhinha e Joãozinho. Técnico: Zezé
Moreira
Gols:
Roberto Batata 20’ Joãozinho 26’ e 33’ e Jairzinho 2º T-
Cruzeiro
CV:
Vanderlei (CRU) e Velásquez
Fonte:
Almanaque do Cruzeiro - Henrique Ribeiro - www.vavel.com.br/futebol
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