4 de dezembro de 2020

Seis a um Eterno!

 

Faltam 29 dias para o Centenário


Ao meu amigo Sidiclei Cascardo, o Sid, mineiro de Piranguinho-MG, torcedor do América-MG, que tive o prazer de conhecer em Ourilândia do Norte-PA, leitor assíduo desse blog e quem me sugeriu escrever o texto.  

 

Esse texto pode se tornar um pouco extenso aos que forem lê-lo, mas o motivo, as circunstâncias e os personagens que fazem parte desta história, não poderiam ser deixados de fora desse momento único de nossas páginas heroicas imortais.

No Campeonato Brasileiro de 2011, flertamos por várias rodadas com o rebaixamento e chegamos na última dependendo de somente uma vitória sobre o dilurdes, qualquer outro resultado nos colocaria na série B.


O dilurdes fez uma campanha tão ridícula quanto a nossa, mas havia escapado do rebaixamento na rodada anterior, goleando o Botafogo por 4 a 0 e dava como certo o nosso rebaixamento, uma vez que, embora nanicos até hoje, sempre se sentiram superiores e seus torcedores já comemoravam a vitória e nosso rebaixamento, em um jogo que ainda não havia acontecido.

Eu morava em Ourilândia do Norte e a turminha de Vespasiano nos atazanou a semana inteira, principalmente na figura de um dilurdiano de nome Nehemias, o Sid foi testemunha dessa minha narrativa, Nemo não falava em outra coisa o tempo todo e éramos obrigados a ouvir o mantra criado por ele “vai cair irmão!” sempre que ele nos encontrava. 

Estávamos sendo massacrados pelos dilurdianos, aqui incluo meus amigos cruzeirenses Moises e David, que também utilizavam a famosa Rota 7, ( em breve publicarei um texto nesse blog) que nos levava e trazia do trabalho, chegava a passar do limite aceitável da “zoação” futebolística e quando fizemos o bolão para o jogo, não hesitei em marcar 3 a 1 para nós, Nemo estava ao meu lado e debochou do meu palpite.

Zoeiras a parte, viajei no final de semana para Marabá, local onde minha esposa residia e para meu martírio, além dela torcer para o dilurdes, na hora do jogo estaria na estrada, retornando para Ourilândia. 

Mesmo confiando na vitória, o jogo era cercado de muita apreensão, pois além de precisar da vitória, estávamos sem os dois melhores jogadores, Fábio e Montillo suspensos pelo terceiro cartão amarelo.

Embarquei as 14:00 h em Marabá com destino a Ourilândia e não tive mais nenhuma informação do jogo que se iniciaria as 17:00 h . Estava chegando a cidade de Sapucaia, quando finalmente consegui sinal no celular e apareceu um número estranho em chamada, quando atendi era meu amigo Hernani, ele morava no Canadá e me perguntou se estava vendo o jogo, disse que não e ele me falou “já está 3 a 0 para nós e cabe mais, estamos massacrando o dilurdes”.

Ótima notícia, em seguida outra ligação, era minha mãe direto de  Belo Horizonte, para dizer que havia acabado o primeiro tempo e ganhávamos por 4 a 0. Estava feliz demais pelo placar e triste por não poder estar assistindo ao jogo. 

Com a vitória encaminhada e exorcizado o fantasma do rebaixamento, o que eu mais queria era chegar a Ourilândia para poder acompanhar os comentários sobre o jogo e poder encontrar meu amigo dilurdiano Nemo.

Chegando ao meu destino, com o jogo já terminado, fiquei sabendo do resultado final, 6 a 1 e com toda a modéstia, podia ter sido mais, nós aliviamos o pé no segundo tempo do jogo.

Morávamos no Condomínio Guará, eu, meu amigo Cruzeirense Moisés e o profeta do apocalipse Nemo, então fui até em casa, deixei minha bolsa da viagem, peguei uma garrafa da Champagne Chandon, que havia guardado para uma ocasião especial e fui até o apartamento do Moisés, de lá partimos em direção ao apartamento do Nemo, ele iria brindar conosco o resultado do jogo. Chegando lá, nos deparamos com uma cena desoladora, o Nemo vestido com uma camisa do dilurdes, comprada no  Shopping Oi em BH, alusiva ao centenário deles, que mais parecia a camisa do Peñarol do Uruguai e com uma calça da torcida dilurdesloucura, semblante abatido, parecia ter chorado muito e todo desapontado teve que brindar e beber conosco toda a garrafa de Chandon.

Como eu não havia visto o jogo, combinei com Moisés e David assistir a reprise que o SporTV exibiria no 06/12, além de reviver a vitória, tomamos uma boa quantidade de cervejas, para curtir uma das conquistas mais saborosas em cima do dilurdes.

Cruzeiro Sempre!

https://www.youtube.com/watch?v=GUd_3rtUAc0
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Recordar é Viver, há exatos nove anos, dia 04/12/11 Cruzeiro 6 x 1 dilurdes


Campeonato Brasileiro 38ª Rodada - Arena do Jacaré - Sete lagoas MG

Arbitragem: Marcelo de Lima Henrique (RJ), Carlos Berkenbrock (SC) e Júlio César Rodrigues Santos (RS)

Cruzeiro: Rafael, Léo, Naldo, Victorino e Diego Renan; Fabrício, Leandro Guerreiro, Charles (Farías) e Roger (Ortigoza), Anselmo Ramon (Everton) e Wellington Paulista. Técnico - Vágner Mancini  

Dilurdes: Renan Ribeiro; Serginho (Magno Alves), Leonardo Silva (Werley), Réver e Richarlyson; Pierre, Fillipe Soutto, Carlos César e Daniel Carvalho; Bernard e André. Técnico - Cuca.

Cartão Amarelo: Cruzeiro - Leandro Guerreiro, Roger e Diego Renan

Dilurdes - Pierre e Richarlyson

Cartão Vermelho: Cruzeiro - Welington Paulista; dilurdes - Werley  

Gols: Cruzeiro: Roger 8’, Leandro Guerreiro 28’, Anselmo Ramon 33’ e Fabrício 45’ do 1º T, Wellington Paulista 11’ e Everton 45’ 2º T

dilurdes: Réver 15’ 2º T




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