30 de novembro de 2020

Muito prazer Taça Brasil, eu sou o Cruzeiro Esporte Clube! Parte I

 

Faltam 3dias para o Centenário


De todas as nossas grandes páginas heroicas imortais, atribuo a mais importante delas a conquista da Taça Brasil de 1966, que posteriormente, como muita justiça e coerência por parte da CBF, foi elevada ao patamar de Campeonato Brasileiro, os representantes do Brasil na Copa Libertadores da América eram o campeão e vice da Taça Brasil.

A única grande conquista que nos meus 55 anos de idade não pude presenciar, embora já era nascido e fosse cruzeirense. Mas  isso não diminui o prazer e a emoção de relatar esse acontecimento maravilhoso, mágico, que mudou definitivamente a nossa história de Clube de Futebol.

A caminhada na competição teve início contra o Americano de Campos, que representava o estado do Rio de Janeiro, no dia 07/09/66 vencemos por 4 a 0, gols de Tostão, Natal, Zé Carlos e Evaldo, no jogo da volta no dia 14/09/66 já no Mineirão, passeamos em campo e goleamos o adversário por 6 a 1, um placar inclusive muito sugestivo e recorrente na nossa história. Os gols cruzeirenses foram marcados por Evaldo, Marco Antonio duas vezes, Zé Carlos, Evaldo e Zé Alcindo(contra), o gol de honra do Americano foi  marcado por Paulo Roberto.

Avançando de fase, nosso adversário foi o Grêmio, que à época detinha o título de penta campeão gaúcho e chegou ainda naquela década ao heptacampeonato (1962-1968), um time historicamente difícil de ser batido.

O primeiro jogo aconteceu em Porto Alegre no dia 09/10/66 e o placar final foi o empate em 0 a 0.

Na partida da volta no dia 23/10/66 no Mineirão começamos perdendo por 1 a 0, gol de Vieira.

No segundo tempo veio a virada, o empate com Marco Antonio e o gol da vitória e da  classificação, foi marcado por Tostão.

Estávamos na semifinal e o adversário seria o Fluminense, fizemos o jogo de ida no Mineirão no dia 09/11/66 e vencemos por 1 a 0, gol de Evaldo.

O jogo da volta aconteceu no dia 23/11/66 no Maracanã, vencemos por 3 a 1, gols de Evaldo duas vezes e Dalmar para o Cruzeiro, enquanto Piazza fez contra, para o Fluminense.

Estávamos na final, a primeira decisão de um time mineiro em nível nacional e o adversário seria nada menos que o Santos de Pelé e cia, que buscava o hexacampeonato da competição, vinha sendo campeão desde 1961.

Para a imprensa de São Paulo, seria mais uma decisão para o Santos confirmar sua hegemonia no futebol brasileiro.

Para nós cruzeirenses, a história era um pouco diferente, uma vez que nosso time vinha jogando bem, vencendo, convencendo e encantando,desde o ano anterior.

Além disso, o Santos já tinha provado uma pequena dose do nosso veneno, no dia 20/03/66 fizemos um amistoso no Mineirão e vencemos por 4 a 3.

A expectativa para a primeira partida da decisão era a melhor possível, e acreditávamos na vitória, mesmo sabendo do tamanho e poderio do adversário.

Chegou o dia tão esperado, Mineirão recebeu mais de 90 mil pessoas e quem foi para assistir ao Rei Pelé, viu na verdade o Príncipe Dirceu Lopes roubar a cena, marcou três gols e ainda deu duas assistências no passeio que o time da Vila Belmiro levou, no final 6 a 2 ficou barato.

Começamos avassaladores, com vinte minutos o placar estava 3 a 0 e fechamos o primeiro tempo com a contagem de 5 a 0 a nosso favor.

Para muitos era um resultado inacreditável, mas em se tratando de Santos e de Pelé, não seria impossível chegarem ao empate ou até mesmo a uma virada no marcador.

Na volta do segundo tempo, o Santos esboçou uma reação, marcando dois gols, o que trouxe uma certa apreensão aos jogadores cruzeirenses e a torcida, mas como era a noite do Príncipe, ele não nos decepcionou e marcou o sexto gol, selando qualquer tipo de reação do time de Pelé.

Fizemos o dever de casa e agora jogaríamos pelo empate em São Paulo.

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na voz do saudoso  Fiori Gigliotti. clique na barra laranja

abaixo da TV. 


Recordar é Viver, há 54 anos atrás, primeira partida da decisão da Taça Brasil de 1966.

Dia 30/11/66 - Jogo Cruzeiro 6 x 2 Santos - Mineirão

Arbitragem: Armando Marques (RJ), Joaquim Gonçalves e Euclides Borges (MG)

Público: Pagante 77.325 - Presente (estimado) 90 mil

Cruzeiro: Raul, Pedro Paulo, William, Procópio e Neco; Piazza, Dirceu Lopes e Tostão, Natal, Evaldo e Wilton Oliveira. Técnico: Airton Moreira

Santos: Gilmar, Carlos Alberto, Mauro, Oberdan e Zé Carlos; Zito, Lima e Pelé; Dorval, Toninho e Pepe. Técnico: Lula

Cartão Vermelho: Cruzeiro - Procópio; Santos - Pelé

Gols: Cruzeiro - Zé Carlos Contra 32'', Natal 5', Dirceu Lopes 20' e 39', Tostão 42' do 1º T e Dirceu Lopes 17' 2º T.

Santos - Toninho 6' e 9' 2º T    


Fonte: Livro Rei de Copas - Alexandre Simões 

Almanaque do Cruzeiro - Henrique Ribeiro

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